segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Aurora do Tocantins para Brasília passando pela Chapada dos Veadeiros

             11/01/2020 (sábado) – Acordamos umas 5h30, desmontamos a barraca, organizamos tudo no carro, tomamos café e pegamos estrada. Saímos às 8h45 de Aurora do Tocantins com destino a Brasília, onde dormiríamos a última noite antes de chegar em casa.

Nosso penúltimo dia de viagem não poderia ser sem passeios né. Chegamos em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros às 11h30. O André quis entrar na cidade para tentar encontrar uma cerveja artesanal com barú (tipo de castanha), “Aracê” é o nome, produzida em Alto Paraíso. Rodamos por diversos comércios e não encontramos, ele comprou uma outra chamada “colombina” que é com cagaita (fruto comum da região), ela é produzida em Anápolis. Tomamos uma kombucha e seguimos na direção do “Rancho do Waldomiro” para almoçar uma “Matula” (prato típico).

Enquanto nosso prato não chegava, o André ficou provando os diversos licores que ficam à disposição dos clientes. Quando estivemos na Chapada em outra viagem, estivemos aqui no Rancho do Waldomiro e a cada tempo que passamos por aqui vamos acompanhando as mudanças, o Rancho, naquela oportunidade, era bem mais rústico do que hoje.




Depois do Almoço, seguimos até a Fazenda São Bento, onde está um complexo de Cachoeiras, a São Bento, a Almécegas I e II. O André estava animado para rever a Almécegas I, que ele gostou muito, eu estava com muito sono e querendo me prevenir de ter outra enxaqueca, já que o sol naquela hora estava muito forte e a trilha até a cachoeira é aberta. Na entrada da fazenda tem um café bem aconchegante com uns sofás enormes numa área externa coberta. Foi ali que descansei enquanto o André foi até a Cachoeira São Bento e Almécegas.



 Cachoeira São Bento





Partimos para Brasília, chegamos por volta de 19h30, nos hospedamos no “Brasília Apart Hotel” (R$120,00), que fica na Asa Norte e já conhecemos de outras viagens.

No dia seguinte, saímos de Brasília às 4h15 com destino a nossa casinha. 

E assim, nos despedimos de mais uma de nossas aventuras.

Até a próxima pessoal.

 


             10/01/2020 (sexta-feira) – Acordamos cedo, por volta de 5h30. O Alex logo apareceu e nos perguntou se havia chegado alguém, porque ele ficou esperando um pessoal, mas acabou dormindo e não viu mais nada. Nós contamos para ele os “causos da noite”, ele só disse: “Que bom, gosto de gente assim, que chega e vai se arrumando”.

Tomamos um café da manhã reforçado, com vários tipos de pães, frutas. A casa do Alex, não é uma pousada, então, tudo vai acontecendo no tempo deles, tudo bem caseiro. Eles nos tratam como se fosse da família, deixam as pessoas a vontade para usar a cozinha, os utensílios, a churrasqueira, se quiser.

Umas 8 e pouco, como combinado, o guia Renato chegou e seguimos com ele para encontrar mais dois casais que estavam de motor home e passaram a noite num local já no caminho de algumas atrações.

 



Depois de encontra-los, já com o grupo completo, seguimos para o Recanto do Puçá, que é uma propriedade do Alex. O local é bem agradável, chega de carro, mas as estradas são de terra e meio ruins. O Alex está começando a estruturar esse local para receber os turistas com mais conforto. Ali passa um rio de água cristalina com fundo de areia, adoramos. O pessoal do motor home resolveu passar uma noite ali, depois que terminássemos o passeio.







Saímos em direção a Cachoeira do Sombra, que é linda!!!! Com água transparente também. O diferencial aqui dessa região é esse, águas cristalinas e temperatura agradável.






Nos despedimos do pessoal do motor home, que voltou para o Recanto do Puçá e nós seguimos com Renato para um local que ele arrendou para estruturar e começar a receber turistas, ele ainda não escolheu o nome. Esse local é bem parecido com o Recanto do Puçá e a Praia do Pequizeiro, por isso, nem precisou conhecer a praia.

Ele nos levou para gente dar uma opinião como turistas, se aquele lugar daria certo ou não e sugerir um nome, o André sugeriu “Poço Esmeralda” e eu “Praia Redonda”. Ali tem uma prainha com águas cristalinas. Tomamos vários banhos no rio.



Passamos rapidamente para conhecer o Balneário da cidade, que é muito frequentado pelos moradores.



Na volta para cidade, ele nos levou em um lugar chamado Bucânia. Trata-se de um labirinto de pedras, com formações inusitadas e inscrições rupestres, o lugar é lindo e silencioso. Ao fundo está uma linda vista da serra, que divide os estados do Tocantins e da Bahia. Ali vimos um pássaro muito bonito, o Curicaca e provamos a fruta cajá do serrado.










De noite fomos jantar no restaurante do Rio Azuis, deixamos reservado, pois, eles só abrem a noite com reserva. Se quiser você pode até fazer um banho noturno do Rio Azuis, mas não nos animamos. Escolhemos o prato que deu o prêmio Dolmã ao chef: Carne de sol ao molho de nata e molho branco com arroz e salada. Estava uma delícia. Dormimos o sono dos deuses e de barriga cheia kkk.


Rio Azuis - Aurora do Tocantins

 

09/01/2020 (quinta-feira) – Após o café da manhã, pegamos estrada. Nosso destino agora é Aurora do Tocantins.

Antes de chegar na cidade, paramos para conhecer o Rio Azuis, o menor rio do Brasil e o 3˚ menor do mundo em extensão, ele possui apenas 147 metros, até se encontrar com o rio Sobrado. Pagamos R$5,00 de estacionamento e R$10,00 por pessoa, para entrar no poço da nascente, onde tem um restaurante.

Amamos esse lugar. O rio é lindo, o poço é transparente. Depois de curtir ali, fomos conhecer o restante do rio que tem acesso por outro restaurante, que fica ali ao lado, o “Restaurante do Rio Azuis”, que é de uma chef que, em 2017 ganhou o prêmio Dolmã (maior prêmio gastronômico do Brasil). Nesse acesso não paga nada para entrar no rio. Curtimos muito e nos divertimos muito também.

Almoçamos no restaurante do Rio Azuis e seguimos para a cidade de Aurora para procurar alguma hospedagem.






Parte de cima - Poço da Nascente




Parte abaixo do poço da nascente e encontro do Rio Azuis com o Rio Sobrado.




Encontramos a casa do Alex, uma casa enorme, com um jardinzão, piscina (que estava em manutenção), área de churrasqueira, uma construção de muito bom gosto.  Lá vive o Alex e a esposa dele, é uma casa de temporada deles. Nos tempos em que ficam ali, alugam os quartos da casa para os turistas que chegam na cidade, no jardim eles permitem montar barracas também.

Nós montamos nossa barraca numa varanda grande no piso superior, estávamos realmente bem acomodados, apesar de dormir na barraca. O local era coberto, bem protegido e limpo, gostamos muito.







 De noite fomos jantar na praça central, no “hora certa”, o único lugar que estava aberto na cidadezinha, por sinal o restaurante é do guia Renato, que nos levaria para fazer um tour no dia seguinte. Essa região ainda está despontando para o turismo, a estrutura das cidades ainda é bem precária, quem está antenado, está aproveitando. Vou explicar melhor, o Alex, dono da casa onde nos hospedamos, é um explorador, ele sai para o mato com uma turma para descobrir novos locais possíveis de levar turistas, sendo assim, ele abre a casa dele para receber turistas, pois, as hospedagens na cidade são praticamente inexistentes. Inclusive um dos lugares que fomos visitar pertence ao Alex. O guia Renato, vendo que os turistas estão chegando, arrendou um espaço na praça e começou a servir alimentação de noite, pois, não existem restaurantes, então, ele trabalha de dia como guia e de noite como garçom. 



Uma chuva forte caiu e acabou a luz. Chegamos na casa às escuras, estava o maior silêncio. Entramos e fomos dormir. De madrugada começou uma barulheira, percebemos que tinham chegado hóspedes e eles estavam procurando o Alex, que não foi encontrado. As pessoas começaram a se acomodar nos quartos vazios da forma que acharam melhor, depois de bastante tempo o silêncio voltou a reinar.