domingo, 22 de abril de 2018

03/01 Ponte Alta - Lagoa do Japonês

Nosso último dia de Jalapão, saímos às 7h00 de Ponte Alta, até Pindorama seguimos por estrada pavimentada. De Pindorama até a lagoa do Japonês seguimos por estrada de terra, sendo os 12 últimos quilômetros o trecho mais trash.

 Faltando 5 quilômetros para chegar tem que atravessar um rio, que dependendo do tempo (chuva ou sol) pode ser uma travessia fácil ou não. Na noite anterior havia chovido muito, éramos os primeiros do dia a passar por ali. Choveu na cabeceira do rio e desceu uma tromba d’água que foi levando tudo que podia, tinha uns galhos em tamanhos generosos no meio do caminho e na margem do outro lado havia formado um entulho de folhas, galhos e terra com lama.
Haviam por ali 3 garotos que arrumaram algumas enxadas. Dois deles mostravam grande habilidade com a enxada, sobrou uma que foi sendo revezada entre Douglas, André e Franco.
O trecho ficou transitável, mas não seria fácil. Douglas foi o primeiro e passou raspando e levando parte do entulho que ainda tinha no caminho. O André, com pouco experiência em usar o 4x4, tentou passar e parou no atoleiro, o Douglas, sugeriu que ele desse uma ré para pegar um pouco mais de velocidade. Dando ré o carro ficou no meio do rio, fiquei preocupada, mas deu tudo certo, ele fez como Douglas sugeriu e passou na segunda tentativa.





Pouco antes da porteira da Lagoa passamos na casa de Dona Minervina, Douglas deixou reservado nosso almoço (R$25,00 por pessoa).  
Éramos os primeiros do dia a visitar o local. Pagamos R$ 20,00 por pessoa.
Ali alugam-se máscaras, colchões infláveis, sapatilhas, espaguetes... A água da lagoa é transparente e azul, o fundo é formado por pedras pontiagudas e cortantes, por isso, eles alugam as sapatilhas. Eu entrei de chinelo havaianas e o André com nadadeiras, a Vivi e o Franco estavam descalços.
Logo, cardumes de peixinhos nos cercaram e começaram a beliscar os pés, as pernas, era só ficar parada que eles vinham, é uma sensação muita estranha, eu evitava ficar parada, o André não se incomodava muito.
Nadando para o lado direito chegamos a uma pequena gruta. Olhando de dentro dela para a lagoa a água é ainda mais azul. Nadando para o outro lado, vimos uma tartaruga sobre um galho, ao nos aproximarmos ela pulou na água e sumiu no meio da vegetação, vimos também diversos peixinhos. Embora as pedras no fundo da lagoa sejam cortantes, fomos cuidadosos e saímos ilesos.


Logo depois do almoço foi nossa vez de nos despedir. Dali seguimos para Barreiras, na Bahia e Douglas seguiria para Palmas, para levar Franco e Viviane pro aeroporto.
Nossa expedição foi um sucesso, o Jalapão é bruto, é lindo, é inesquecível.
Mas nossa viagem não acabou por aqui, siga nossos próximos posts, seguimos para Chapada diamantina e para o litoral sul da Bahia. 

R$ 20,00 por pessoa - Lagoa do Japonês
R$ 50,00 alimentação

Deixamos aqui nossos agradecimentos ao Douglas e a Priscila por nos terem proporcionado essa experiência maravilhosa que foi conhecer o Jalapão. Aproveito pra deixar o contato para que outras pessoas possam também ter a mesma experiência que tivemos.
Douglas wattszap (063)84412214
site:www.capimdeouroturismo.com.br 
Obrigada amigos!!!!!

02/01/18 São Félix - Ponte Alta

Acordamos cedinho, como sempre e às 7h30 já estávamos no fervedouro Bela Vista (o mesmo do banho noturno). Tivemos um desconto devido ao jantar e o banho na noite anterior e pagamos R$5,00 por pessoa pra nos banhar, agora de dia.

O segundo fervedouro que visitamos foi o Alecrim, o acesso é feito por um caminho de deck, pois, passa por cima de uma área alagada, inclusive havia um porquinho passeando por ali, muitos banhos depois, paramos no rio sono que fica ali ao lado, apenas os homens se aventuraram no banho.




Rio sono

Dali seguimos para a cachoeira das araras (entrada gratuita).



Nossa última parada foi à beirada da estrada para ver a Serra da Catedral e o Morro Vermelho.



Ali nos despedimos de Lúcia e César que foram para Palmas, de lá seguiriam pra Chapada das mesas e nós seguimos Douglas até Ponte Alta, pois, no dia seguinte ele ainda nos levaria pra conhecer a "Lagoa do Japonês" e aí sim, nos despediríamos do Jalapão. Nos hospedamos novamente na pousada Coelho, de Dona Oneide.


R$5,00 por pessoa - Fervedouro Bela Vista (desconto de R$10,00)
R$15,00 por pessoa - Fervedouro Alecrim
R$ 75,00 alimentação
R$150,00 hospedagem
R$ 250,00 combustível



01/01/18 Mateiros - São Félix do Tocantins

Saímos de Mateiros às 7h00 em direção aos fervedouros. Douglas disse que tínhamos que sair cedo pra evitar pegar os fervedouros cheio de gente ter pouco tempo pra aproveitar.
Todos os fervedouros ficam em áreas particulares, o número de pessoas é limitado por tempo (cerca de 20 minutos) e quantidade (alguns 6, outros 10 por vez), como chegamos cedo e não havia ninguém, ficamos aproveitando sem pressa. Em todos eles é necessário pagar uma taxa de visitação, uns R$15,00, outros R$20,00 por pessoa.
O primeiro que visitamos foi o Fervedouro Buriti, seu nome é devido a um buritizeiro que fica bem na sua margem.


O segundo fervedouro que visitamos foi o “Fervedouro do Rio Novo”, belo com o anterior. O sol já estava mais alto e refletia na água, coisa linda. Nesse vimos bastante peixinhos. Nos banhamos ali por tempo indeterminado, pois, estávamos sempre chegando antes dos grupos das agências. 



O terceiro fervedouro foi o “bananeiras”, nome muito sugestivo, pois, ele é cercado por um bananal. Uma característica distinta é que só possui uma nascente, mas muito grande e profunda, a água parece ainda mais cristalina.


Seguimos agora para Comunidade Mumbuca, berço do artesanato em Capim dourado.


Eu e a amiguinha que fiz na comunidade

Adiante rumamos para Cachoeira do Formiga, para mim, a pérola do Jalapão.
Esse foi o local que mais me encantou entre todos os que visitamos, um dia quero voltar para armar minha barraca ali e passar uns dias só admirando e banhando-me naquelas águas. Digo isso, porque logo que chegamos vi uma placa escrito “CAMPING”, alguns metros antes de chegar na cachoeira, fiquei instigada a voltar... quem sabe um dia... 




Esse azul me encantou

Almoçamos num restaurante simples de comida boa ao lado da cachoeira (R$35,00 por pessoa).
Nosso grupo

Rumamos para o quarto fervedouro do dia, o "Encontro das águas". Lá tem um fervedouro pequeno, mas com uma nascente enorme e um rio onde a água da cachoeira do formiga (azul turquesa) se encontra com a do rio sono (cor escura). O interessante quando entramos na água é a temperatura, no lago claro a água é mais quente que no lado escuro. Não entramos no fervedouro, então, tivemos um desconto de R$5,00.
Rio encontro das águas
Ainda teríamos mais um fervedouro, mas já estávamos cansados, seguimos para São Félix. Quando a gente pensa que está em uma cidade pequena, vem a próxima e supera. São Félix era ainda menor que Mateiros.
Tivemos um tempinho pra descansar na pousada e logo nos encontramos novamente para nossa última aventura do dia: Banho noturno no fervedouro Bela Vista. Jantamos lá no restaurante. Enquanto a comida era preparada ficamos nos banhando. Um holofote fica aceso pra auxiliar as pessoas.


Logo foram nos avisar que o jantar seria servido e lá fomos nós, matar quem estava nos matando (R$35,00 por pessoa, comida à vontade). A comida estava deliciosa, nos serviram arroz, feijão, peixe frito, carne de panela, vinagrete e abóbora refogada.
Na volta pra cidade paramos pra admirar o céu e “escutar” o silêncio. Apagamos as luzes dos carros, desligamos os motores e ficamos ali, sentindo aquela energia boa.

Gastos
R$ 15,00 por pessoa - Fervedouro Buriti
R$15,00 por pessoa - Fervedouro do Rio Novo
R$ 20,00 por pessoa - Fervedouro Bananeiras
R$10,00 por pessoa - Encontro das águas (valor sem fervedouro)
R$15,00 por pessoa - Fervedouro Bela Vista
R$20,00 por pessoa - Cachoeira do Formiga
R$99,00 alimentação
R$160,00 hospedagem

31/12/17 - Ponte Alta - Mateiros

Nossa manhã estava um pouco atordoada, pois, estávamos com os faróis do carro queimados e não conseguimos fazer a substituição. Tínhamos 220 quilômetros pela frente e, segundo Douglas a estrada tende a piorar a cada dia. Partimos. Douglas, que está acostumado e rodar por essas estradas acelerava e nós não estávamos conseguindo acompanhar, por vezes ele teve que parar pra nos esperar, ele dizia: "Vamos André, segue as marcas dos pneus na estrada, mas era dezenas de marcas e não sabíamos por onde seguir. 
Estávamos quase desistindo, quando o carro simplesmente apagou em uma subida, Douglas já não estava no nosso campo de visão, olhamos um pra cara do outro e pensamos: "F#$%U!!! César e Lúcia estavam atrás de nós, seguindo nosso ritmo, pararam para nos ajudar. Quando o carro deu sinal de vida novamente e seguimos adiante. Douglas nos aguardava mais a frente, comentamos com ele o que havia acontecido e ele disse que é normal, pois, quando passamos por uma poça de água o motor desliga por segurança, o dele já tinha parado 3 vezes naquele dia. Pura inexperiência nossa!!!! Ficamos tranquilos então...
Situação das estradas foram piorando com o passar dos dias...

Pouco antes de chegar na Cachoeira da velha, paramos pra conhecer o Cânion Sussuapara.




 Na entrada da “Fazenda Triago”, propriedade onde se localiza a cachoeira da velha, paramos em uma guarita para registrar nossos nomes em um livro. Douglas estava nos explicando que ali era uma das fazendas de Pablo Escobar e que na época de sua morte, o governo brasileiro desapropriou tudo. Ele disse que existem vários porões onde ele guardava dinheiro vivo, há várias construções de casas ao redor, ele vivia ali, realizava festas com garotas de programas, reuniões com seus aliados...




A cachoeira é linda, com muito volume de água, existem algumas passarelas para observá-la, o banho não é permitido devido a força de suas águas.




Seguimos para Prainha do Rio Novo. Lanchamos na escada que dá acesso à praia, pois, não é permitido o consumo de alimentos na praia, aproveitamos o banho por uma hora e meia. O lugar é lindo e a temperatura da água é muito convidativa para o banho.


Adiante, seguimos para a comunidade quilombola do Rio Novo, foram 40 quilômetros em 2h00, para se ter uma noção do estado da estrada. Ao chegar nos deparamos com tudo fechado, apenas um senhor com sua esposa e os 3 filhos em uma casa bem simples fabricando farinha.



Nossa última parada do dia: Dunas.
Como aconteceu na pedra furada, nada de pôr do sol.






Chegamos em Mateiros, um simples e pacato município, centenas de carros traçados estacionados por todos os lados, apenas um posto de gasolina. A primeira coisa que fizemos foi parar e garantir o tanque cheio, o preço da gasolina foi de chorar, R$ 5,45 o litro, mas não havia outra opção. 
Nos hospedamos na casa de Dona Neide (Pousada Tavares), jantamos todos juntos, depois nos reunimos (Nós, Lúcia e César, Douglas e Priscila) no terraço da casa de Dona Neide e ficamos aguardando à meia noite para brindar o Ano Novo. Quando o relógio apontou meia noite, lindos fogos começaram a estourar no terreno ao lado de uma igreja evangélica, em seguida fomos dormir, pois, acordaríamos bem cedo no dia seguinte pra conhecer os fervedouros. 
No dia seguinte Dona Neide, que já estava dormindo à meia noite, nos disse que o pastor da igreja é o prefeito, por isso, os fogos tão bonitos estouraram ali ao lado...

Gastos
R$ 55,00 alimentação
R$140,00 hospedagem (sem café da manhã)
R$227,00 combustível