quarta-feira, 7 de setembro de 2016

17 de Julho de 2016 - Sacramento - São João Batista da Canastra por dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra

              Sacramento a São João Batista da Canastra – 95km via BR464 e MG341 (70km até a portaria 3 e 25km até São João).

Acordamos às 6h00, tínhamos intenção de sair às 7h00, mas acabamos nos atrasando e saindo às 8h00 rumo à portaria três do Parque Nacional da Serra da Canastra, distante 70 km de Sacramento por estrada de terra. Chegamos 9h15 na portaria, pagamos uma taxa de R$ 9,00 por pessoa. O André iniciava a partir dessa portaria o retorno a um lugar que conheceu há uns 20 anos atrás e estava louco para me apresentar.

O guarda da portaria nos indicou conhecer a Cachoeira do Fundão, são 9 km saindo da rota principal do Parque, mas são 9 km de estrada muito ruim, demoramos 35 minutos pra percorrer o trajeto. Essa estrada não é indicada para carro baixo.
Situação precária da estrada
Chegamos a uma casinha simples onde mora apenas uma pessoa que cuida de uma área de reflorestamento. Uma empresa terceirizada é responsável por essa área, que pertence ao parque, provavelmente quando o reflorestamento for entregue, o parque coloque tudo abaixo. Ali era uma fazenda que foi desapropriada, como havia desmatamento para pasto, o Parque contratou uma empresa para reflorestar a área, esse processo vai durar três anos.
Estacionamos o carro e seguimos numa caminhada de 20 minutos, chegamos a um poço grande com uma queda d’água forte que provocava um vento na frente do poço, a água estava tão gelada que até o André teve dificuldade de entrar. Ficou pouco tempo dentro da água e ficamos pouco tempo ali contemplando a paisagem também, tinha muito borrachudo. Voltamos para o carro e pegamos o caminho de volta. Segundo o André voltamos em 20 minutos porque ele quem estava dirigindo... Ah... Os homens!!!



Paramos em uma antiga garagem feita de pedras. Ali ficavam os carros das pessoas que necessitavam chegar a uma fazenda que ficava num vale próximo, porém a estrada só chegava até ali. Fizemos muitas fotos, a paisagem é linda.





Seguimos para o vilarejo de São João Batista da Canastra, onde vivem mais ou menos 250 pessoas para procurar lugar pra passarmos a noite e continuar nosso passeio no dia seguinte. O André quando passou por aqui há mais ou menos 20 anos atrás dormiu com o grupo de amigos em barracas que montaram na beira da estrada na entrada do povoado.
Tínhamos indicação do guia que conversou com o André por telefone, procurar a pousada onde a Nora de seu “Vicente” trabalha, pois, provavelmente estaria fechada, mas ela abre em caso de chegar hóspedes. Chegamos em frente à pousada e a porta estava aberta, batemos palmas e ninguém atendeu, resolvemos entrar, os quartos estavam todos abertos e não havia ninguém! Fomos procurar, então, Seu Vicente que mora numa casa no fundo do cartório, depois conversando durante o jantar descobrimos que a esposa dele é a escrivã. Ele indicou onde encontraríamos sua nora Cida, assim que a encontramos, ela nos levou até a pousada para mostrar os quartos, mas avisou que teríamos que esperar pra limpar o quarto, pois, haviam esvaziados naquele dia, eram convidados de um casamento que acontecera no povoado.
Fomos conhecer uma cachoeira que ficava ali pertinho, a “Cachoeira do Jota”. Assim como a cachoeira do fundão, estava muito gelada, o André disse que o pé estava congelando, mas mesmo assim ele encarou, eu fiquei sentada na pedra fotografando. Quando voltamos, passamos na casa de Seu Vicente para encomendar o jantar, passamos na casa da irmã dele, Dona Dalva, para comprar um queijo canastra que ela produz e passamos na venda pra comprar um vinho pra tomar com o queijo. Quando chegamos à pousada, nosso quarto já estava organizado.


 
Nosso jantar ficou marcado para as 19h00, pois, eles dormem cedo. Depois entendi porque o jantar é cedo, porque comemos na cozinha da casa deles e Seu Vicente adora conversar sentado na beira do fogão à lenha, o jantar acaba por demorar mais mesmo.
Tomamos banho e fomos jantar. A comida é feita no fogão à lenha, estava uma delícia. Tinha salada de alface com tomate, farofa, arroz, feijão, almôndega frita, linguiça e carne frita, macarrão com molho, batata cozida e queijo canastra... estava tudo maravilhoso. Mais gostoso ainda foi jantar na cozinha da casa deles, conversando sobre a história da região, encontramos com Dona Dalva novamente, logo ela saiu.
Seu Vicente sentado à beira do fogão à lenha proseando conosco, essa foto tem fama, mas essa foi eu quem tirei.
 
Quando saímos do jantar vimos a porta da igreja aberta e resolvemos ir até lá. Encontramos novamente Dona Dalva, haviam acabado de rezar um terço, ela contou que o jardim na frente da igreja já havia sido um cemitério e que ainda tinha algumas placas de lápides espalhadas por ali, segundo ela, os sepultamentos são tão antigos que até os ossos foram decompostos, que algumas covas foram abertas e não tinha nada nelas. Andamos pelo pátio interno da igreja e encontramos as lápides que ela havia mencionado, datam de 1800, 1900 e pouco, nos esquecemos de fotografar. Só conversando com pessoas mais velhas pra saber dessas histórias. Voltamos pra pousada e de lá não saímos mais. Quando André esteve por aqui esse lugar era bem diferente.frente da igreja havia um gramado apenas, hoje existe uma bonita praça.
Igreja, há mais ou menos 20 anos atrás

 Igreja atualmente
 
Praça da igreja
 
 
 
 
 
 
 
 

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