Acordamos umas 4 horas da manhã com barulhos de correntes batendo e percebemos
que havíamos chegado. Os funcionários começavam a soltar os cabos de ferro que
prendem as cargas para iniciar o descarregamento da embarcação. Tentamos
dormir, mas foi um sono meio conturbado por causa do barulho.
O café foi servido às 7 horas,
conforme havia sido avisado no dia anterior, para que desembarcássemos às 8h.
Levantamos às 6h30, finalizamos a arrumação das mochilas, subimos para o café e
ficamos prontos para o desembarque. Por volta de 8 horas começamos a
desembarcar, os ônibus e vans que nos levariam até o terminal rodoviário no
centro da cidade nos esperavam.
Nós teríamos que chegar ao
aeroporto, onde tínhamos reservado a locação de um carro. O André conversou com
o motorista da van que nos levou e combinou um valor para que ele nos deixasse
no aeroporto. Às 10h00 estávamos saindo do aeroporto motorizados, nosso próximo
destino era a Ilha de Chiloé. Ao nos entregar o carro o rapaz frisou bem para
não esquecermos os faróis ligados, pois, a bateria não é forte e não tem aviso
sonoro.
Seguimos para a balsa que
atravessa para Chiloé. Em Chiloé, fomos para Ancud, estacionamos na rua e
entramos no banco para trocar dinheiro. Quando voltamos havia um papelzinho
para pagar o estacionamento, saímos para procurar o amarelinho para pagar. Quando
voltamos havia outro canhoto no para brisas do carro. Então, aparece o
amarelinho da rua dizendo que deveríamos pagar aquele canhoto, começamos a
discutir com ele que não íamos pagar novamente, pois, havíamos pago pra outro
amarelinho. Ele chamou o chefe, explicamos a situação e ele cancelou um dos
bilhetes. Depois entendemos que deveríamos ter pago para o amarelinho da rua e
pagamos para o amarelinho de outra rua, mas resolvemos tudo e entramos no
carro. Quando o André virou a chave, o carro não ligava.... Havíamos esquecido
os faróis ligados, mais essa agora pra resolver, aff...
Foto tirada momentos antes de descobrir o problema no carro
Precisamos acionar a
seguradora para solicitar uma carga de bateria, mas não tínhamos chip chileno
no celular, precisamos pedir ajuda para o amarelinho com quem tínhamos
discutido. Ele nos levou até uma loja para comprar um chip e conseguimos ligar
e solicitar auxílio, mas ficamos das 14h30 até 17h30 esperando. Em menos de 5
minutos nossa bateria estava funcionando.
Nossa intenção era visitar a
pinguineira neste dia e dormir em Castro, mas com esse contratempo não
conseguimos seguir nosso roteiro, resolvemos dormir em Ancud e visitar a
pinguineira na manhã do dia seguinte.
Nos hospedamos em uma
“hospedaje familiar”, que é muito comum em algumas regiões chilenas e
argentinas. Ficamos na casa do Sr. Roberto e Sra. Marta, fomos muito bem
tratados, eles recebem pessoas há 18 anos. Ele nos indicou um restaurante para
o jantar, bem no centro. Escolhi um bife com molho de champignon com purê e o
André um lomo grelhado com papas, tomamos meio litro de chopp “Rojo” cada um,
uma delícia. O André não gostou muito do prato que ele escolheu, achou que a
comida estava um pouco fria.
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