quarta-feira, 18 de maio de 2016

Décimo oitavo dia - De San Pedro de Atacama (CL) para Salta (AR) - Paso Sico


DÉCIMO OITAVO DIA – 05/01/2016 (terça-feira)

            Acordamos as 6h15, desmontamos nossa barraca, tomamos café no carro e partimos para Salta, Argentina, às 7h07. Escolhemos uma direção diferente, o caminho do Paso Sico. Boa parte desta estrada é de terra, cerca de 500 quilômetros, segundo informações que obtivemos tratavasse de uma viagem linda. O caminho estava deserto, cruzamos o primeiro carro apenas na divisa, ou seja, no próprio Paso Sico.


 
Pouco antes de chegar ao Paso, paramos no posto dos carabineros onde tem uma placa dizendo: “parada obrigatória”. O André desceu, o guarda chileno com cara de poucos amigos, pediu para ver nossos passaportes e o documento do carro, logo nos liberou para seguir em frente.


 
Alguns quilômetros à frente estávamos na aduana do Paso Sico para realizar os trâmites de saída do Chile e entrada na Argentina.

 
Pelo caminho vimos montanhas, vicuñas, lhamas, vulcões, salares...a temperatura chegou a 4,5°C. Por causa da altitude, cheguei ali com um pouco de embrulho no estômago. Depois de carimbados os passaportes, uma breve fiscalização em nossas bagagens feita pelo guarda Argentino, continuamos na estrada, agora na Argentina. A paisagem continuou linda, agora formada por montanhas coloridas, cáctus e pequenos arroios (rios).

 
Passamos por algumas serras estreitas e quebradas, até que chegamos em San Antonio de Los Cobres. Chegamos com expectativa de parar um pouco e começamos a procurar o centrinho do lugar. Passamos por uma rua onde tem algumas hospedagens e restaurantes e a praça central. Porém, ao entrar nessa rua percebemos  o assédio dos moradores locais vendendo seus produtos para os turistas que circulavam por ali, isso nos fez seguir em frente, sem parar. Quando estávamos saindo do povoado para iniciar uma subida de serra, fomos surpreendidos por diversas crianças e uma senhora que apareceram do nada, eles rodearam o carro e começaram a oferecer artesanatos locais e possibilidade de fotos com lhamas todas enfeitadas, fiquei assustada com aquilo, na verdade fiquei com medo de sermos roubados ali. Estávamos rendidos. Dissemos que não tínhamos dinheiro, o André deu umas balinhas pras crianças e conseguimos seguir em frente, ilesos!!! Os artesanatos eram bonitos e baratos, mas pela forma como fomos abordados eu não me senti segura em parar e comprar. Depois nós vimos onde eles se escondem, tem diversas paredes de pedras em semi-círculo, onde eles ficam agachados atrás protegidos do vento.


 
Seguimos tranquilos o resto do caminho até Salta, fomos acompanhando os trilhos do trem das nuvens, que é um trem turístico que parte de Salta e vai até San Antonio de Los Cobres, ora do nosso lado direito, ora do lado esquerdo. Atravessamos por cima dos trilhos algumas vezes. O André ficou impressionado com as pontes por onde eles passam e com a câmera na mão, fotografou tudo.




 
Chegamos em Salta por volta das 15h30, uma hora antes do previsto, talvez por não termos parado em San Antonio de Los Cobres. Nos hospedamos no mesmo hotel da ida, o Marillian, desta vez o hotel estava com movimento maior de hóspedes e a diária um pouco mais cara, acho que já havia iniciado a alta temporada.
            Pagamos a diária com real à AR 3,9, engraçado que na ida não aceitaram o real e tivemos que trocar com os cambistas da praça (naquele momento à AR 3,7), pois, em Salta não há casas de câmbio, por conta do alto valor dos impostos. O câmbio negro é feito na porta de uma casa de câmbio fechada. Nos informaram que era seguro trocar na rua. Choveu bastante essa noite e saímos apenas para jantar, escolhemos o El Patriarca, que fica quase na frente do hotel, jantamos nele na nossa outra passagem por aqui. O André pediu um lomo com molho que pareceu ser de aspargos, eu não comi um prato e sim uma tijela, era um lomo recheado com presunto queijo e bacon e acompanhado de fritas, não dei conta, se soubesse que era tanta comida tínhamos pedido um prato para os dois.
By Natália Papaléo
 

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