segunda-feira, 16 de maio de 2016

Décimo primeiro dia - De Tilcara (AR) para San Pedro de Atacama (CL)


DÉCIMO PRIMEIRO DIA – 29/12/2015 (terça feira)

Na manhã seguinte, tomamos café da manhã e pegamos a estrada sentido Purmamarca para seguirmos, então, para Paso Jama, e chegar finalmente em San Pedro de Atacama. O caminho é lindo, primeiro porque subimos uma serra parecida com os Caracoles (serra próxima ao Parque do Aconcágua no Chile).
 
 
Depois porque tem um salar chamado Salinas Grandes, onde paramos e fizemos um tour ao centro dele com nosso carro e um guia (necessário e obrigatório). Rodamos aproximadamente 3 quilômetros dentro do salar para entender o processo de extração do sal e também ver algumas lagoas formadas por água de chuva e água natural que brota da terra.
A crosta de sal tem cerca de meio metro de espessura, ela é o resto de um lago que secou há milhares de anos. Aqui há produção de três tipos de sal:
O sal tipo 1 é o sal marinho retirado de dentro dos quadrados abertos no chão.
O sal tipo 2 é um sal um pouco sujo que vai para as indústrias de refino, depois do processo de refinamento pode ser consumido.
O sal tipo 3 são esses blocos utilizados para construção civil e para alimentar os animais.
A maior parte do sal que temos a disposição no supermercado é o sal tipo 2, provindo do refinamento, é mais barato mais ele contém produtos químicos que são adicionados para que possa ser refinado.
O sal marinho é um pouco mais caro, porém não passou pelo processo de refinamento, apenas adicionado de iodo
Numa das barraquinhas de artesanato compramos uma lhama feita de sal, super bonitinha, porém nos esquecemos que estávamos em um lugar seco e alto. Quando chegamos em casa ela começou a derreter, o que nos fez sentir enganados. Ela durou pouco tempo no nosso rack.
 


 
 
 
 Sal tipo 1
 
 Sal tipo 2
 
Sal tipo 3
 

 


Seguimos sentido a divisa Argentina/ Chile. Paramos no Paso de Jama para realizar os trâmites de migração e aduaneiro. Tudo transcorreu tranquilamente, tivemos sorte de chegar num horário de pouco movimento. Logo que saímos da sala, chegaram uma carreata de carros brasileiros, algumas motos e dois ônibus.

 

Tiramos algumas fotos pouco à frente na divisa entre Argentina e Chile, onde tem algumas placas e seguimos em frente, visualizamos um pouco do Salar de Tara com muitos esculturas de pedra, creio que são formações naturais e ponto turístico.



 
Avistamos o vulcão Licancabur e, finalmente, San Pedro de Atacama, com uma descida de vários e vários quilômetros em linha reta. Bem bacana!


 
Nossa chegada em San Pedro não foi das melhores. A impressão que tivemos não foi boa. Tudo muito desorganizado, ruas estreitas, cada carro que passa come-se um quilo de poeira, estava um calor de lascar, andamos, andamos e nada de achar um lugar pra ficar, pois, o que não estava caro, faltava algo ou não tinha disponibilidade de vagas. Quando decidimos pagar R$300,00 a diária em um hostel que até nos pareceu bom, achamos um camping um pouco mais à frente, na mesma rua “Camping La casa del Sol Naciente”, pagamos R$ 200,00 pros dois por três dias, economia melhor não havia. Tratamos de armar nossa barraca.

 
O camping estava ocupado, basicamente, por jovens estudantes. Isso nos incomodou um pouco à noite, devido o barulho. Na primeira noite, como estávamos muito cansados, conseguimos dormir, pela pechincha que foi, não havia do que reclamar. Trocamos pela primeira vez nossos dólares por pesos chilenos, andamos por algumas casas de câmbio no centro, mas a cotação estava bem baixa, conseguimos uma cotação boa com um funcionário do camping onde estávamos. Trocamos US$ 580 por CL 406.000,00, US$1 a CL 700. As casas de câmbio estavam cobrando em média US$1 a CL 695, o real 1 por CL152. 
De noite saímos pra jantar e evitamos os restaurantes mais centrais devido o preço muito alto. Encontramos um restaurante perto de onde estávamos acampados e ainda tinha música ao vivo, “Restaurante Barros”. Vimos muitos brasileiros jantando ali e a banda até tocou música popular brasileira para desejar boas vindas aos brasileiros em San Pedro. Comemos bem, por um preço bom. 



 By Natália Papaléo

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