DÉCIMO PRIMEIRO DIA – 29/12/2015 (terça feira)
Na manhã
seguinte, tomamos café da manhã e pegamos a estrada sentido Purmamarca para
seguirmos, então, para Paso Jama, e chegar finalmente em San Pedro de Atacama.
O caminho é lindo, primeiro porque subimos uma serra parecida com os Caracoles
(serra próxima ao Parque do Aconcágua no Chile).
Depois
porque tem um salar chamado Salinas Grandes, onde paramos e fizemos um tour ao
centro dele com nosso carro e um guia (necessário e obrigatório). Rodamos
aproximadamente 3 quilômetros dentro do salar para entender o processo de
extração do sal e também ver algumas lagoas formadas por água de chuva e água
natural que brota da terra.
A crosta de sal tem cerca de meio metro de espessura, ela
é o resto de um lago que secou há milhares de anos. Aqui há produção de três
tipos de sal:
O sal tipo 1 é o sal marinho retirado de dentro dos
quadrados abertos no chão.
O sal tipo 2 é um sal um pouco sujo que vai para as indústrias
de refino, depois do processo de refinamento pode ser consumido.
O sal tipo 3 são esses blocos utilizados para construção
civil e para alimentar os animais.
Numa das
barraquinhas de artesanato compramos uma lhama feita de sal, super bonitinha,
porém nos esquecemos que estávamos em um lugar seco e alto. Quando chegamos em
casa ela começou a derreter, o que nos fez sentir enganados. Ela durou pouco
tempo no nosso rack.
Sal tipo 1
Sal tipo 2
Sal tipo 3
Seguimos
sentido a divisa Argentina/ Chile. Paramos no Paso de Jama para realizar os
trâmites de migração e aduaneiro. Tudo transcorreu tranquilamente, tivemos
sorte de chegar num horário de pouco movimento. Logo que saímos da sala,
chegaram uma carreata de carros brasileiros, algumas motos e dois ônibus.
Tiramos
algumas fotos pouco à frente na divisa entre Argentina e Chile, onde tem
algumas placas e seguimos em frente, visualizamos um pouco do Salar de Tara com
muitos esculturas de pedra, creio que são formações naturais e ponto turístico.
Avistamos o
vulcão Licancabur e, finalmente, San Pedro de Atacama, com uma descida de
vários e vários quilômetros em linha reta. Bem bacana!
Nossa
chegada em San Pedro não foi das melhores. A impressão que tivemos não foi boa.
Tudo muito desorganizado, ruas estreitas, cada carro que passa come-se um quilo
de poeira, estava um calor de lascar, andamos, andamos e nada de achar um lugar
pra ficar, pois, o que não estava caro, faltava algo ou não tinha
disponibilidade de vagas. Quando decidimos pagar R$300,00 a diária em um hostel
que até nos pareceu bom, achamos um camping um pouco mais à frente, na mesma
rua “Camping La casa del Sol Naciente”, pagamos R$ 200,00 pros dois por três
dias, economia melhor não havia. Tratamos de armar nossa barraca.
O camping
estava ocupado, basicamente, por jovens estudantes. Isso nos incomodou um pouco
à noite, devido o barulho. Na primeira noite, como estávamos muito cansados,
conseguimos dormir, pela pechincha que foi, não havia do que reclamar. Trocamos
pela primeira vez nossos dólares por pesos chilenos, andamos por algumas casas
de câmbio no centro, mas a cotação estava bem baixa, conseguimos uma cotação
boa com um funcionário do camping onde estávamos. Trocamos US$ 580 por CL
406.000,00, US$1 a CL 700. As casas de câmbio estavam cobrando em média US$1 a
CL 695, o real 1 por CL152.
De noite
saímos pra jantar e evitamos os restaurantes mais centrais devido o preço muito
alto. Encontramos um restaurante perto de onde estávamos acampados e ainda
tinha música ao vivo, “Restaurante Barros”. Vimos muitos brasileiros jantando
ali e a banda até tocou música popular brasileira para desejar boas vindas aos
brasileiros em San Pedro. Comemos bem, por um preço bom.
By Natália Papaléo
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