domingo, 15 de maio de 2016

Sobre Argentina


Vou começar compartilhando com vocês a viagem que fizemos no período de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 com destino à San Pedro de Atacama.

São Sebastião (SP – Brasil) à São Pedro de Atacama (Norte do Chile)
 
“O que chamo de viajar não tem muito a ver com viagens de férias. Tampouco significa necessariamente desbravar terras virgens[...] Viajar é isto: deslocar-se para um lugar onde possamos descobrir que há, em nós, algo que não conhecíamos até então.”

Contardo Calligaris
            Nosso planejamento inicial era de 25 dias de viagem, mas acabamos diminuindo 2, como não conhecíamos o lugares por onde passaríamos, reservamos dias demais para conhecer pontos turísticos que conseguimos conhecer em um mesmo dia. Foram 23 dias, 9.628,5 KM entre Brasil, Argentina e Chile, dias vividos intensamente, paisagens ímpares, cidades, vilas, lugarejos e povoados inimagináveis. Fauna e flora muito diferente de tudo o que já vimos.
Para começar o desenrolar de nossa aventura, gostaria de falar um pouco sobre Argentina, um dos países por onde passamos. Como todos já sabemos pelos meios de comunicação, a Argentina está vivendo seu caos econômico, nós presenciamos isso. A começar pelo dinheiro, muito desvalorizado em relação a nossa moeda, 1 real vale em torno de 4 pesos, 1 peso equivale a 25 centavos de real, quando estive na Argentina em 2012 era 1 real para 2 pesos. Naquela época ainda víamos moedas em circulação. Hoje moeda por aqui é coisa rara, nada mais vale centavos, tudo vale mais de um peso, os valores são inteiros...1 peso, 2 pesos, 3...10, 20, 100. O troco é outra dificuldade, tivemos que aceitar muitas vezes balas como troco, ou comprar alguma coisa pra completar o valor, ou então, sair sem troco, simplesmente porque não tem. A foto abaixo é uma cédula que frequentemente recebemos. Se passar um vento ela rasga...No Brasil uma nota dessas, além de não ter valor, não seria aceita por ninguém. Pois assim estão circulando boa parte das cédulas de pesos na Argentina.
Vimos filas quilométricas na frente dos bancos, acho que com a mudança de governo, a população deve estar tentando tirar suas economias de lá com receio de algum tipo de bloqueio.

Mesmo com tudo isso, a Argentina não perdeu seu charme, continua um país lindo, quero voltar sempre. Espero que o novo governo consiga melhorar a vida de seu povo. Apesar da desvalorização da moeda, os preços são bem parecidos, muitas vezes iguais aos nossos.
 
 

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