Vou começar compartilhando com vocês a viagem que fizemos no período de dezembro de 2015 e janeiro de 2016 com destino à San Pedro de Atacama.
São Sebastião (SP – Brasil) à São Pedro de
Atacama (Norte do Chile)
Contardo
Calligaris
Nosso planejamento inicial era de 25 dias de viagem, mas
acabamos diminuindo 2, como não conhecíamos o lugares por onde passaríamos,
reservamos dias demais para conhecer pontos turísticos que conseguimos conhecer
em um mesmo dia. Foram 23 dias, 9.628,5 KM entre Brasil, Argentina e Chile, dias
vividos intensamente, paisagens ímpares, cidades, vilas, lugarejos e povoados
inimagináveis. Fauna e flora muito diferente de tudo o que já vimos.
Para começar o desenrolar de nossa aventura, gostaria de falar
um pouco sobre Argentina, um dos países por onde passamos. Como todos já
sabemos pelos meios de comunicação, a Argentina está vivendo seu caos
econômico, nós presenciamos isso. A começar pelo dinheiro, muito desvalorizado
em relação a nossa moeda, 1 real vale em torno de 4 pesos, 1 peso equivale a 25
centavos de real, quando estive na Argentina em 2012 era 1 real para 2 pesos.
Naquela época ainda víamos moedas em circulação. Hoje moeda por aqui é coisa
rara, nada mais vale centavos, tudo vale mais de um peso, os valores são
inteiros...1 peso, 2 pesos, 3...10, 20, 100. O troco é outra dificuldade,
tivemos que aceitar muitas vezes balas como troco, ou comprar alguma coisa pra
completar o valor, ou então, sair sem troco, simplesmente porque não tem. A foto
abaixo é uma cédula que frequentemente recebemos. Se passar um vento ela
rasga...No Brasil uma nota dessas, além de não ter valor, não seria aceita por
ninguém. Pois assim estão circulando boa parte das cédulas de pesos na
Argentina.
Vimos filas quilométricas na frente dos bancos, acho que com a mudança de governo, a população deve estar tentando tirar suas economias de lá com receio de algum tipo de bloqueio.
Mesmo com tudo isso, a Argentina não perdeu seu charme, continua um país lindo, quero voltar sempre. Espero que o novo governo consiga melhorar a vida de seu povo. Apesar da desvalorização da moeda, os preços são bem parecidos, muitas vezes iguais aos nossos.
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