domingo, 15 de maio de 2016

Quarto dia - De Foz do Iguaçú para Corrientes (AR)


QUARTO DIA - 22/12/2015 (terça feira)
Acordamos às 6h30 para desmontar a barraca e guardar nossa bagagem no carro. Partimos às 8h00, paramos numa casa de câmbio na Aduana do lado brasileiro para trocar pesos (cotação R$ 1 = $ 3,7), fizemos os trâmites de saída do Brasil e entrada na Argentina.

Mal entramos na Argentina e já nos deparamos com os primeiros (de muitos...) Gauchito Gil.

O Gauchito Gil é uma figura religiosa,objeto de devoção popular na Argentina . A sua fundação histórica está na pessoa do gaúcho Antonio Mamerto Gil Núñez, de quem pouco se sabe com certeza. Existem diferentes versões sobre a hora e a causa da sua morte. Sabe-se que foi durante o século XIX, mas todos concordam que sua morte ocorreu em 8 de janeiro em Corrientes e que ocorreu em meio às lutas fratricidas constantes entre os liberais (ou Celestes) e os autonomistas (ou Colorados), o Gauchito era inocente e foi morto injustamente.Ele havia sido feito prisioneiro pelo coronel Zalazar, desertado e injustamente acusado. Antes de ser executado, ele diz ao sargento: "Não me mate, porque a ordem do perdão está a caminho" , sobre uma carta dizendo que Gauchito era inocente, não foi levado em conta. Então, Gauchito disse: “Estou morrendo para derramar sangue inocente, mas vou interceder para Deus pela vida de seu filho”. O sargento riu e o executou.Quando ele voltou para a casa, o sargento foi informado que seu filho estava morrendo, então, ele se ajoelha e pede ao Gauchito para interceder junto a Deus para salvar a vida de seu filho. No início da manhã o milagre tinha sido feito e a criança foi salva. Em seguida, o sargento construiu com suas próprias mãos uma cruz com ramos, carregou sobre os ombros e levou-a para onde ele tinha matado Gauchito. Ele colocou a cruz, pediu desculpas e agradeceu.

Vimos os primeiros carros velhos, típicos Argentinos e Índios vendendo orquídeas na beirada da rodovia.

 
 

 


Em Foz do Iguaçú e nessa parte inicial da Argentina são ricas em barro vermelho, o alfalto fica com uma coloração avermelhada. Achei interessante deixar registrada essa nossa observação.
Em nosso primeiro dia na Argentina, ambos passamos mal. Uma combinação de sol forte, desidratação e comida diferente caiu como uma bomba.
Paramos em San Ignacio para visitar as ruínas das missões Jesuíticas, estava um calor intenso e era próximo ao meio dia.


 


Almoçamos num restaurante em frente as ruínas após a visita, era um lugar bem simples. À tarde, André teve um desarranjo intestinal forte e eu muita dor de cabeça e mal estar. André fez sua primeira parada para descarregar o intestino na Gendarmeria do KM 1320 da Ruta Nacional 12, como não havia água, o policial disse pra ele usar o mato atrás da Gendarmeria, algum tempo depois teve que parar novamente, desta vez como não havia nada próximo, fizemos uma cabaninha abrindo as portas do carro e cobrindo com uma toalha. Depois daí André ficou bem até chegar em Corrientes.

Eu permaneci com dor de cabeça, quando chegamos em Corrientes o André parou o carro no acostamento para que eu pudesse colocar para fora o que me fazia mal. Depois de vomitar, comecei a melhorar. Chegamos a conclusão que aquele restaurante onde almoçamos não nos serviu uma refeição segura, iríamos a partir desse dia escolher melhor onde comer, senão não teríamos saúde pra seguir nosso roteiro de viagem até o final. À noite já estávamos melhor.

Sempre que se fala em viajar de carro para Argentina, nos preocupa a questão “polícia camineira”, pois, a policia rodoviária Argentina é conhecida por exigir propina, principalmente dos carros extrangeiros. Mesmo que se tenha todos os documentos e artigos obrigatórios em ordem, eles procuram algo para encrencar e tentar tirar “algum por fora”, muitas vezes pedem na cara dura mesmo. Isso nos preocupa sempre que viajamos para Argentina, porém não tivemos problemas nessa viagem.

Passamos a noite no Hotel San Martin (R$ 213,50) que fica em frente à praça principal de Corrientes.

 
By Natália Papaléo
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário