QUARTO DIA - 22/12/2015 (terça
feira)
Acordamos às 6h30 para
desmontar a barraca e guardar nossa bagagem no carro. Partimos às 8h00, paramos
numa casa de câmbio na Aduana do lado brasileiro para trocar pesos (cotação R$
1 = $ 3,7), fizemos os trâmites de saída do Brasil e entrada na Argentina.
Mal
entramos na Argentina e já nos deparamos com os primeiros (de muitos...)
Gauchito Gil.
O Gauchito Gil
é uma figura religiosa,objeto de devoção
popular na Argentina . A sua fundação histórica está na pessoa do gaúcho Antonio Mamerto Gil Núñez, de quem
pouco se sabe com certeza. Existem diferentes versões sobre a hora e a causa da sua
morte. Sabe-se que foi durante o século
XIX, mas todos concordam que sua morte ocorreu em 8 de janeiro em Corrientes e
que ocorreu em meio às lutas fratricidas constantes entre os liberais (ou
Celestes) e os autonomistas (ou Colorados), o Gauchito era inocente e foi morto
injustamente.Ele havia sido feito prisioneiro pelo coronel Zalazar,
desertado e injustamente acusado.
Antes de ser executado, ele diz ao sargento: "Não me mate,
porque a ordem do perdão está a caminho" , sobre uma carta
dizendo que Gauchito era inocente, não foi levado em conta. Então, Gauchito
disse: “Estou morrendo para derramar
sangue inocente, mas vou interceder para Deus pela vida de seu filho”. O
sargento riu e o executou.Quando ele voltou
para a casa, o sargento foi informado que seu filho estava morrendo, então,
ele se ajoelha e pede ao Gauchito para interceder junto a Deus para salvar a
vida de seu filho. No início da manhã o milagre tinha sido feito e a criança
foi salva. Em seguida, o sargento construiu com suas próprias mãos uma
cruz com ramos, carregou sobre os ombros e levou-a para onde ele tinha matado
Gauchito. Ele colocou a cruz, pediu desculpas e
agradeceu.
Vimos os primeiros carros velhos, típicos Argentinos e Índios vendendo
orquídeas na beirada da rodovia.
Em
Foz do Iguaçú e nessa parte inicial da Argentina são ricas em barro vermelho, o
alfalto fica com uma coloração avermelhada. Achei interessante deixar
registrada essa nossa observação.
Em
nosso primeiro dia na Argentina, ambos passamos mal. Uma combinação de sol
forte, desidratação e comida diferente caiu como uma bomba.
Paramos em San Ignacio para
visitar as ruínas das missões Jesuíticas, estava um calor intenso e era próximo
ao meio dia.
Almoçamos
num restaurante em frente as ruínas após a visita, era um lugar bem simples. À
tarde, André teve um desarranjo intestinal forte e eu muita dor de cabeça e mal
estar. André fez sua primeira parada para descarregar o intestino na
Gendarmeria do KM 1320 da Ruta Nacional 12, como não havia água, o policial
disse pra ele usar o mato atrás da Gendarmeria, algum tempo depois teve que
parar novamente, desta vez como não havia nada próximo, fizemos uma cabaninha
abrindo as portas do carro e cobrindo com uma toalha. Depois daí André ficou
bem até chegar em Corrientes.
Eu
permaneci com dor de cabeça, quando chegamos em Corrientes o André parou o
carro no acostamento para que eu pudesse colocar para fora o que me fazia mal.
Depois de vomitar, comecei a melhorar. Chegamos a conclusão que aquele
restaurante onde almoçamos não nos serviu uma refeição segura, iríamos a partir
desse dia escolher melhor onde comer, senão não teríamos saúde pra seguir nosso
roteiro de viagem até o final. À noite já estávamos melhor.
Sempre
que se fala em viajar de carro para Argentina, nos preocupa a questão “polícia
camineira”, pois, a policia rodoviária Argentina é conhecida por exigir propina,
principalmente dos carros extrangeiros. Mesmo que se tenha todos os documentos
e artigos obrigatórios em ordem, eles procuram algo para encrencar e tentar
tirar “algum por fora”, muitas vezes pedem na cara dura mesmo. Isso nos
preocupa sempre que viajamos para Argentina, porém não tivemos problemas nessa
viagem.
Passamos
a noite no Hotel San Martin (R$ 213,50) que fica em frente à praça principal de
Corrientes.
By Natália Papaléo
Nenhum comentário:
Postar um comentário