terça-feira, 17 de maio de 2016

Décimo sexto dia - De Antofagasta de volta para San Pedro de Atacama


DÉCIMO SEXTO DIA – 03/01/2016 (domingo)

Acordamos tranquilos, descemos para o café, o André ganhou outro expresso de regalo, malas no carro e bora pra estrada. Paramos pra abastecer em um posto que não tinha frentista, era um posto COPEC. Ficamos ali esperando que aparecesse alguém, fiquei prestando atenção em um taxista que parou e começou a mexer na bomba de gasolina. O André desceu e pediu ajuda para um funcionário, que muito solicito nos auxiliou a usar a bomba. Ele nos explicou que ali era um posto de auto serviço e que era só inserir as notas no local indicado e a bomba liberava a quantidade equivalente de gasolina. Se o tanque completasse antes a bomba devolveria o troco. Ali tinha também um lugar para lavar o carro que funcionava com fichas que o funcionário vendeu pra gente. O carro estava bem sujo e a limpeza no jato de pressão de água não foi suficiente pra limpar tudo, a sujeira mais pesada permaneceu. Passamos no centro da cidade pra tentar trocar um pouco mais de pesos a uma cotação melhor que a de San Pedro.

Pensávamos ser segunda-feira, mas as casas de câmbio estavam fechadas, assim como boa parte dos comércios. Pedi informação na recepção de um hotel e fui informada de que era domingo e as casas de câmbio não abririam. E nós pensando que era segunda, isso é a coisa boa de estar de férias, se atrapalhar até com os dias da semana. Havia uma lanchonete aberta com uma plaquinha de câmbio, então, entrei e troquei ali a uma cotação melhor do que as casas que estavam fechadas (CL 154 e CL 155), troquei por CL 156 nosso real.

Nosso revés do dia foi perder a visita à maior mina de cobre do mundo “Chuquicamata” que fica em Calama, cidade que passaríamos para voltar à San Pedro, pois, os tours são de segunda a sexta-feira. Nossa volta à San Pedro foi muito tranquila.

Na noite anterior eu havia pesquisado algumas opções de camping em San Pedro, uma coisa era certa: não ficaríamos mais na Casa del Sol Naciente. Passamos no camping Altos de Quitor, próximo aos Vales da morte e da lua, ou seja, um pouco afastado do centro, lá já havia barraca inclusa e havia também piscina. Havia vagas, CL 20.000, algo em torno R$ 130,00. Fomos até centro para uma outra opção: o Takha Takha, na Calle Caracoles, apesar de um pouco mais caro fica bem no centro e dá pra sair a pé, CL 26.000, o equivalente a R$167,00, com piscina. Montamos nossa barraca e deixamos nela somente colchão e roupas de cama, tínhamos a companhia de mais uma barraca apenas, uma Argentina que foi embora no dia seguinte, depois  chegou um trio de brasileiros que não estavam muito a fim de papo. Na pileta, o André arriscou um diálogo em inglês com dois coreanos que seguiriam dali para El Calafate, para conhecer o Perito Moreno e depois passariam pelo Rio de Janeiro. Enfim, nossa segunda passagem por San Pedro foi bem mais tranquila.

Acho que essa foi a despedida da nossa barraca, pois, o zíper não estava fechando direito, chegamos a conclusão de que era por causa do colchão de ar que estava esticando demais a lona. Essa barraca é antiga, desde quando os colchões de ar ainda não eram populares, acho que elas foram produzidas pensando nos colchonetes ou sacos de dormir. Precisamos adquirir uma nova!!! Ah...nosso colchão, aqui nesse camping começou a murchar além do normal, acho que deve ter algum furinho mínimo, nada que uma boa inflada antes de dormir não resolvesse o problema. Não ficamos preocupados com isso, pois, não pretendíamos mais usá-los no resto da viagem, aqui seria a última vez. Nossas noites aqui foram maravilhosas, dormimos como anjos, acho que o valor um pouco mais alto selecionou os campistas.


 
Chegamos em San Pedro à tarde e enviamos uma mensagem para saber se Jhonatas e sua turma já haviam chegado. Soubemos que eles tiveram alguns imprevistos no caminho (chuva, frio e vento) e chegaram só no início da noite. Devido a isso, estavam exaustos. Nos encontramos após o jantar, por volta das 22h00, fomos caminhando e conversando até o hostel Pablito, onde eles estavam hospedados, não era próximo ao centro. Ficamos por lá até meia noite, deixamos que eles fossem descansar e voltamos caminhando ao camping, apesar das ruas desertas, a caminhada foi tranquila. Apenas peros (cachorros) circulavam pelas ruas, aliás San Pedro tem uma concentração inacreditável de cachorros vivendo nas ruas, eles parecem bem tratados, sempre há briga entre um ou outro pela invasão do território alheio.
By Natália Papaléo

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