DÉCIMO SEXTO DIA – 03/01/2016
(domingo)
Acordamos
tranquilos, descemos para o café, o André ganhou outro expresso de regalo,
malas no carro e bora pra estrada. Paramos pra abastecer em um posto que não
tinha frentista, era um posto COPEC. Ficamos ali esperando que aparecesse
alguém, fiquei prestando atenção em um taxista que parou e começou a mexer na
bomba de gasolina. O André desceu e pediu ajuda para um funcionário, que muito
solicito nos auxiliou a usar a bomba. Ele nos explicou que ali era um posto de
auto serviço e que era só inserir as notas no local indicado e a bomba liberava
a quantidade equivalente de gasolina. Se o tanque completasse antes a bomba
devolveria o troco. Ali tinha também um lugar para lavar o carro que funcionava
com fichas que o funcionário vendeu pra gente. O carro estava bem sujo e a
limpeza no jato de pressão de água não foi suficiente pra limpar tudo, a
sujeira mais pesada permaneceu. Passamos no centro da cidade pra tentar trocar
um pouco mais de pesos a uma cotação melhor que a de San Pedro.
Pensávamos
ser segunda-feira, mas as casas de câmbio estavam fechadas, assim como boa
parte dos comércios. Pedi informação na recepção de um hotel e fui informada de
que era domingo e as casas de câmbio não abririam. E nós pensando que era
segunda, isso é a coisa boa de estar de férias, se atrapalhar até com os dias
da semana. Havia uma lanchonete aberta com uma plaquinha de câmbio, então,
entrei e troquei ali a uma cotação melhor do que as casas que estavam fechadas
(CL 154 e CL 155), troquei por CL 156 nosso real.
Nosso
revés do dia foi perder a visita à maior mina de cobre do mundo “Chuquicamata”
que fica em Calama, cidade que passaríamos para voltar à San Pedro, pois, os
tours são de segunda a sexta-feira. Nossa volta à San Pedro foi muito
tranquila.
Na
noite anterior eu havia pesquisado algumas opções de camping em San Pedro, uma
coisa era certa: não ficaríamos mais na Casa del Sol Naciente. Passamos no
camping Altos de Quitor, próximo aos Vales da morte e da lua, ou seja, um pouco
afastado do centro, lá já havia barraca inclusa e havia também piscina. Havia
vagas, CL 20.000, algo em torno R$ 130,00. Fomos até centro para uma outra
opção: o Takha Takha, na Calle Caracoles, apesar de um pouco mais caro fica bem
no centro e dá pra sair a pé, CL 26.000, o equivalente a R$167,00, com piscina.
Montamos nossa barraca e deixamos nela somente colchão e roupas de cama,
tínhamos a companhia de mais uma barraca apenas, uma Argentina que foi embora
no dia seguinte, depois chegou um trio
de brasileiros que não estavam muito a fim de papo. Na pileta, o André arriscou
um diálogo em inglês com dois coreanos que seguiriam dali para El Calafate,
para conhecer o Perito Moreno e depois passariam pelo Rio de Janeiro. Enfim,
nossa segunda passagem por San Pedro foi bem mais tranquila.
Acho que essa
foi a despedida da nossa barraca, pois, o zíper não estava fechando direito,
chegamos a conclusão de que era por causa do colchão de ar que estava esticando
demais a lona. Essa barraca é antiga, desde quando os colchões de ar ainda não
eram populares, acho que elas foram produzidas pensando nos colchonetes ou sacos
de dormir. Precisamos adquirir uma nova!!! Ah...nosso colchão, aqui nesse
camping começou a murchar além do normal, acho que deve ter algum furinho
mínimo, nada que uma boa inflada antes de dormir não resolvesse o problema. Não
ficamos preocupados com isso, pois, não pretendíamos mais usá-los no resto da
viagem, aqui seria a última vez. Nossas noites aqui foram maravilhosas,
dormimos como anjos, acho que o valor um pouco mais alto selecionou os
campistas.
Chegamos em San Pedro à tarde e enviamos uma mensagem para saber se Jhonatas
e sua turma já haviam chegado. Soubemos que eles tiveram alguns imprevistos no
caminho (chuva, frio e vento) e chegaram só no início da noite. Devido a isso,
estavam exaustos. Nos encontramos após o jantar, por volta das 22h00, fomos
caminhando e conversando até o hostel Pablito, onde eles estavam hospedados,
não era próximo ao centro. Ficamos por lá até meia noite, deixamos que eles
fossem descansar e voltamos caminhando ao camping, apesar das ruas desertas, a
caminhada foi tranquila. Apenas peros (cachorros) circulavam pelas ruas, aliás
San Pedro tem uma concentração inacreditável de cachorros vivendo nas ruas,
eles parecem bem tratados, sempre há briga entre um ou outro pela invasão do
território alheio.
By Natália Papaléo
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