terça-feira, 17 de maio de 2016

Décimo quarto dia - De San Pedro de Atacama para Antofagasta (CL)


DÉCIMO QUARTO DIA – 01/01/2016 (sexta-feira)

Depois de uma boa noite de sono, acordamos por volta de 8h30 com os gemidos da cadela sendo morta a grito na barraca novamente. Achamos muita falta de educação e respeito  fazer toda aquela cena enquanto as pessoas já estavam se preparando para encarar o dia.

Tratamos de levantar acampamento rapidamente e partimos para conhecer o litoral norte do Chile, nosso destino: Antofagasta, uma cidade portuária distante 312 quilômetros de San Pedro.

No caminho para Antofagasta, passamos por Calama, um oásis no meio do deserto. Cidade maior e bem mais organizada que San Pedro. Lá está localizada a maior mina de cobre a céu aberto do mundo: Chuquicamata. Boa parte do desenvolvimento da cidade se deve a existência da mina, ela é muito importante para a cidade e para o país. Há um tour para conhecer o interior da mina, porém como era feriado da Confraternização Universal (dia primeiro de janeiro) não havia tour, deixamos o passeio para a volta, quando estáríamos novamente passando por Calama. Fizemos algumas fotos do lado de fora da mina, conseguimos fotografar alguns dos caminhões gigantes.

 
Fizemos uma viagem tranquila. Já havíamos pesquisado um pouco sobre aquele pedaço de costa e sabíamos que não encontraríamos nenhum lugar paradisíaco, mas o André queria matar a saudade do Oceano Pacífico e nós precisávamos sair um pouco do clima árido que estava nos maltratando. Eu estava com a boca toda rachada, mesmo passando protetor labial; pele, garganta e nariz ressecados, assim como o André.
Antofagasta é uma cidade portuária e sua orla é rodeada de pedras. Percorremos a costanera por muitos quilômetros e vimos que o costume por aqui é montar barracas nas praias. Ali as famílias se reúnem, fazem churrasco e passam o dia, sendo o mar é apenas um detalhe. Não vimos muita gente na água, provavelmente devido a sua baixa temperatura. O vento por ali é contínuo, então muita gente usa o carro pra proteger a barraca.

 
Começamos a procurar um hotel pra ficarmos, afinal já estávamos cansados da barraca. Ao pesquisar alguns preços, percebemos que estavam um pouco salgados, resolvemos procurar mais um pouco, fomos até o Balneário de Hornitos, passando antes por Mejillones. Não encontramos hospedagem em nenhum dos dois lugares, Hornitos é uma faixa extensa de praia, porém, é formada somente por casas de veraneio. Depois que acabam as casas a praia é tomada por barracas, motorhomes e trailers. Aquilo nos deixou curiosos e o André resolveu perguntar para um senhor Chileno sobre aquelas barracas, ele disse que é um costume das famílias das cidades da região passar férias ali. Eles passam o mês de férias inteiro naquelas barracas, só não sabemos com fazem pra tomar banho, já que não há estrutura alguma pra isso. O lugar é muito bonito, achamos que seria o único lugar que daria pra “salgar a bunda” como já dizia nossa amiga Vanessa. Mas precisávamos voltar pra Antofagasta e achar um lugar pra ficar. Ainda em Hornitos, vimos jovens andando de quadriciclo nas faixas de areia e as casas na frente da praia eram de alto padrão, acho que esse é o recanto dos endinhierados por aqui. O lugar não tem comércios, então, quem vem pra cá tem que vir prevenido.
 

Mejjillones
 

Balneário de Hornitos
 
Rodamos 80 quilômetros de volta para Antofagasta e paramos no Hotel Diego de Almagro que fica na Costanera. O pagamento em dólares (US$ 60) estava compensando mais do que o preço em pesos chilenos, devido a cobrança do IVA para estrangeiros. Decidimos pagar no cartão de crédito para fugir do imposto deles, porém, não fugimos do nosso, algo em torno de 6%. Mas ainda assim compensou.
Não tivemos do que reclamar deste hotel, o quarto era enorme e tinha duas camas de casal (Pra quê? Não sei!), ar condicionado, frigobar, cofre, tv a cabo, e no banheiro uma boa banheira. Tratamos de encher a banheira e tomar um banho bem demorado, depois de tomar banho no banheiro coletivo do camping, nós merecemos né? Jantamos uma lasanha a bolonhesa no restaurante do hotel, demos uma voltinha pelo calçadão da costanera e nos despedimos deste dia.


By Natália Papaléo
 
 
 

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