Eu e André acordamos cedo, por volta das 7h30,
deixamos todos dormindo e saímos para caminhar. Seguimos pela calçada da praia
até que ela terminasse. O serviço de limpeza das ruas e desmontagem do palco
estava sendo realizada, haviam jovens saindo das baladas, bêbados dormindo nas
calçadas, os quiosques da praia estavam iniciando a preparação de seus
cardápios, ninguém caminhando... Só nós rsrsrs... Mas já tinha muita gente
chegando pra curtir a praia. Essa região litorânea não tem muitos atrativos, a
cidade, a praia, os quiosques são bem simples.
Depois que
terminou a calçada que seguia pela orla, começamos a voltar pela rodovia,
paramos em um mercadinho pra comprar itens para tomarmos um café da manhã
brasileiro, com pão, café... Quando chegamos, a casa estava fechada, não
sabíamos se já estavam na praia ou se alguém havia acordado e trancado a porta
pensando que tinha passado a noite aberta. Chamamos meu tio na janela do quarto
pra ver se alguém respondia, então, acabamos acordando eles, estavam todos
dormindo. Tomamos nosso café brasileiro, o André tratou de tomar café pra
evitar a dor de cabeça. A casa estava alugada por mais um dia, mas meu tio e a
Cris resolveram que iríamos embora pra evitar o trânsito na volta do feriadão,
os outros casais decidiram ficar, passamos pelo centro da cidade, paramos pra
comer lagosta, que é servida com arroz, salada e patacones que é uma banana
amassada e frita, experimentamos também uma concha, que se come cru que nem
ostra e casuela de camarão, que é um prato quente.
Os frutos do mar ficam expostos em grandes assadeiras para que o cliente escolha
Casuela de camarão
Lagosta
Concha
Depois de
rodarmos 70 quilômetros sentido Guayaquil, a Cris se lembrou de que havia
esquecido a carteira na casa, ao ligar para uma das pessoas que tinham ficado,
descobriu que eles também haviam ido embora, inclusive estavam na nossa frente,
visto que, havíamos parado pra comer, tivemos que voltar pra buscar a carteira,
pegamos a chave com a pessoa que limpa a casa e ela estava lá, no mesmo lugar
onde a Cris tinha guardado: debaixo do colchão!!! Acabamos saindo de Playas às
15h30.
Uma hora e
meia depois estávamos em Guayaquil, ainda, faltavam 3h30 até Cuenca, paramos na
pista onde tem diversas barraquinhas que vendem frutas para comprar um “come
bebe”, é um suco de melancia com frutas picadas, muito refrescante, parece com
a salada de frutas. Estávamos nos preparando para enfrentar uma mudança brusca
na altitude, do nível do mar para 2.550 m.s.n.m. onde está localizada a cidade
de Cuenca.
André provando o "come bebe"
Antes de começar a subir a serra paramos em um
povoado para jantar, comemos arroz, feijão e chuleta (bisteca suína).
Acompanhamos
o por do sol do carro, há uma extensa área rural com plantação de bananas e
arroz, as casas são construídas sobre palafitas, pois, a área fica alagada na
época de chuvas, o calor era terrível, eu suava bicas.
Por do sol na estrada
Casas sobre palafitas
Restaurante simples onde jantamos
Nosso prato
Poucos
quilômetros à frente chegamos em uma guarita da polícia, dali em diante
inicia-se a serra e a temperatura começa a cair. O Termômetro marcava 29 graus,
no meio da serra chegou a 4 e chegamos em Cuenca com 12 graus. A serra é muito
perigosa, há muitos desmoronamentos, muitas pedras na pista, muita neblina, em
certos trechos não enxergava em um palma à frente, fiquei apreensiva, isso
exige muita atenção no volante. Chegamos bem na casa do meu tio, apesar da
altitude, não tivemos nenhuma sensação ruim, descarregamos o carro, tomamos
banho e dormimos.
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