Coloquei
o despertador para 6h30, 7h00 estávamos tomando café, deixamos nossas malas
guardadas na recepção, pegamos um taxi até o terminal (USD 1,25), tomamos um
ônibus até a comunidade Quilotoa, são 77 quilômetros que demoramos 2h30 pra
chegar.
O ônibus vai
parando, assim como todos os outros que viajamos e há também um trecho extenso
de serra. Fomos admirando as plantações nas montanhas, a paisagem é linda.
No caminho
começou a chover forte. Chegamos à comunidade e iniciamos a trilha com chuva, antes
passamos pela feira de artesanatos para usar o banheiro, passaríamos na volta
para conhecer. A trilha tem 1 quilômetro e 700 metros, a descida, apesar da
chuva, foi tranquila. Quase chegando à lagoa a chuva parou, as nuvens se
dissiparam, então, pudemos ver a linda imagem do lago do Quilotoa. A altitude
da trilha varia entre 3.518 e 3.930 m.s.n.m., como não poderia deixar de ser,
paramos várias vezes pra fotografar, em uma dessas paradas conhecemos um
brasileiro que nos emprestou uma bandeira do Brasil para tirarmos uma foto.
Iniciamos a trilha com chuva forte
Demoramos 1h00 pra descer,
eu já estava imaginando o sofrimento que seria para subir. Ficamos uns 40
minutos admirando tamanha beleza, fizemos um lanche, o André fez dois amigos
com quem dividiu seu lanche, eram dois cachorros que estavam ali. Havia um
pequeno grupo acampando na beira do lago, posso imaginar o frio que passaram
durante a noite, pois, era quase meio dia e a temperatura não passava de 10°C.
André e seus amiguinhos
Grupo de campistas
Depois de
descansar, iniciamos a subida, eu, fiquei mega, hiper, ultra cansada, parei
diversas vezes, estava desanimada, o cheiro de lenha queimando me deu um gás,
provavelmente era da chaminé de algum restaurante ou das casas do povoado.
Conseguimos subir em 1h00, nem acreditei, fiquei feliz... Mas cansada e
molhada, pois, a chuva nos pegou forte na subida. Quase no final, encontramos o
brasileiro que conhecemos na descida, ele estava esgotado, pior que eu, era a
primeira trilha em altitude dele.
Entramos no
primeiro restaurante que encontramos, estávamos encharcados e com muito frio.
Ali dentro havia um aquecedor a lenha, (provavelmente foi o cheiro da lenha
queimando que senti subindo a trilha), tiramos nossas blusas e penduramos bem
pertinho da lenha pra secar.
Pedimos um
locro Quiteño, foi servido bem mais simples do que o que tomamos no refúgio do
Cotopaxi, apenas um creme grosso de batatas com queijo branco e abacate, estava
ótimo e quente, era o que precisávamos. O André ainda tomou um café, eu pedi
uma bebida quente com chocolate e creme que não me agradou, sobrou pro André
tomar também.
Locro Quiteño
Era 13h00,
ficamos sabendo que o ônibus para retornarmos à Latacunga sairia às 13h30,
então, passamos rapidamente pela feira de artesanato onde compramos uns
“regalos”, entre eles uma máscara que usam em datas comemorativas como, por
exemplo, no natal. Elas são entalhadas em madeira e coloridas com cores fortes,
o artesão nos convidou para conhecer seu ateliê, uma salinha bem simples, logo
ali ao lado da feira.
Abaixo o ateliê das máscaras
Escutamos a
buzina do ônibus, provavelmente avisando que estava na hora de partir, saímos
correndo desesperados, não queríamos perder esse ônibus, porém estávamos ali a
certa altitude, isso me fez sofrer pra chegar, o André chegou primeiro e pediu
para que o motorista esperasse um pouco. Precisei de uns bons minutos para que
meus batimentos se normalizassem. Durante a viagem de volta, não me senti bem,
estava com o estômago embrulhado, talvez por causa da corrida e também das
curvas da serra. No terminal em Latacunga, comecei a melhorar.
Chamamos um
taxi para ir até o hotel buscar nossas malas e voltamos ao terminal (USD 1,25 +
USD 1,25), pegamos um ônibus para Ambato e em Ambato pegamos outro para Baños
de Água Santa. De Latacunga à Ambato são 43 quilômetros percorridos em 1h00, de
Ambato para Baños 41 quilômetros 1h00 também, chegamos por volta de 19h30.
Havia consultado
algumas hospedagens pelo booking, na primeira que passamos já gostamos e
ficamos, o “Hotel Villa de Santa Clara”, pagamos USD 32 por um quarto de casal
com banheiro privativo, tudo muito bem limpo e organizado, adoramos o hotel.
Tomamos banho, passamos em uma agência de turismo e contratamos um guia para
nos levar para fazer o roteiro das cascatas e na casa de árbol, que é um local
onde possui um balanço que te lança para um abismo.
Vista do jardim interno do Hotel Villa de Santa Clara
Saímos do
restaurante e demos um role noturno pela cidadezinha que é uma graça, tudo
muito limpo, organizado e seguro, uma cidade feita para turistas, tem diversos
hotéis - spa espalhados pela cidade, existe uma cascata no meio da cidade,
achamos aquilo inusitado. Assim termina nosso dia.
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