Acordamos 6h15, seguimos até a “Plaza Foch”, local
de encontro com a agência que contratamos. O André tomou um café expresso para
acordar, às 7h00 partimos, passamos pelo centro histórico para pegar outras
pessoas e completar o grupo, dali seguimos sentido Parque Nacional Cotopaxi.
Antes,
paramos em um vilarejo, num local bem simples para tomar café, que estava
incluso no pacote que contratamos. Pelo que percebemos ali mora a família do
guia, foram eles que nos serviram o café, pão, manteiga, suco natural, uma
panqueca doce com iogurte, banana, granola e mel e ovos mexidos, eu pedi um chá
de coca para encarar a caminhada na altitude. O lugar, apesar de simples, nos
surpreendeu no “desayuno”.
Dali
seguimos para o parque, paramos em um estacionamento ao lado da portaria, o
guia fez uma breve explicação sobre o roteiro que faríamos, ele fez nosso
cadastro de entrada.
Entramos
novamente no ônibus, rodamos uns bons quilômetros até chegar em um outro
estacionamento, este está a 4.500 m.s.n.m., a caminhada inicia-se ali, subimos
até o refúgio que fica a 4.864 m.s.n.m. A caminhada tem que ser feita sem
pressa, mesmo assim é bem cansativo, por causa da altitude.
Cotopaxi ao fundo
Estacionamento a 4.500 m.s.n.m.
Iniciando a caminhada
Minhas tantas paradas
Depois de 1h00, entre
paradas para descansar, chegamos ao refúgio, estava muito frio (cerca de 5°C),
pedimos um locro de papas e um chocolate quente para aquecer. Carimbamos nossos
passaportes. Depois de mais ou menos uma hora, começamos a descer.
Chegamos ao refúgio
Locro de papas
Chocolate quente
Passaporte carimbado
A subida é
feita por um caminho em zig zag, já a descida por um caminho reto, não menos
difícil, porque é arenoso e cheio de pedras, um escorregão aqui, outro ali,
chegamos rsrsrs... A descida é bem mais rápida, em meia hora estávamos no
ônibus.
Na volta, a certa altura, paramos para terminar o
percurso de bike até chegar ao lago, pedalamos pouco, pois, o caminho é só
descida, mas com muitas pedras, tem que ter cuidado. No lago os guias guardaram
novamente as bikes, ficamos por ali bem pouco e começamos o caminho de volta.
Perto das
16h00 paramos novamente no mesmo lugar onde tomamos café para almoçar (também
incluso no pacote). Serviram-nos uma sopa de entrada, como prato principal,
serviram arroz, legumes cozidos, chuleta com molho de champignon, de sobremesa
abacaxi cozido com doce de leite. Eu não estava me sentindo bem, estava com dor
de cabeça, talvez efeito da altitude. O guia se despediu de nós ali, nós
voltamos até Quito apenas com o motorista. Quando chegamos ao hotel tive que
tomar um remédio pra dor, o André logo teve que tomar também, depois do banho
deitamos e ficamos por um tempo esperando a dor passar, saímos apenas para
jantar, no mesmo restaurante da noite anterior e voltamos pra dormir. Nos dias
em que estivemos em Quito a dor de cabeça foi nossa companheira inseparável,
sentimos na pele os efeitos da altitude, acabei com quase todos os comprimidos
que havia levado do Brasil.
Fazendo um
breve apanhado até agora de nosso tour pelo Equador, percebemos que existem
poucos turistas brasileiros por aqui, talvez pela pouca divulgação do Equador
no Brasil, tivemos um primeiro contato por intermédio de meu tio que mora aqui,
depois começamos a pesquisar na internet, procuramos livros em todas as maiores
livrarias de Campinas (Saraiva, FNAC, Cultura...), não encontramos nada que
pudesse nos ajudar. Quando conversamos com algum equatoriano e dizemos que
somos brasileiros, eles ficam surpresos e dizem que aqui não é comum se ver
brasileiros, os turistas mais comuns são os americanos em primeiro lugar e os
europeus em segundo, no grupo que fizemos a caminhada ao Cotopaxi, haviam
noruegueses, americanos, uma equatoriana que vive na Suíça, uma alemã e apenas
nós de brasileiros.
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