quarta-feira, 1 de março de 2017

30/12/16 (sexta feira) Lima – Guayaquil – Playas de Villamil

  Como não dormi bem, a hora que o celular tocou, eu já estava acordada. Ao olhar pela janela descobri de onde vinham aquelas cantorias de pássaros, vimos dezenas de pássaros pretos voando por todos os lados e eram eles que faziam aquele barulho todo, melhor barulho de pássaros do que de automóveis, aliás, o bairro onde ficamos é muito tranquilo.

Naquela hora percebemos que já havia muita gente se exercitando no malecón, era gente correndo, caminhando, pedalando, passeando e brincando com seus “peros” (cachorros), personais com seus alunos, grupos de idosos com seus professores, surfistas na água, o dia aqui começa cedo.
O malecón é lindo, os jardins são muito bem cuidados, as calçadas limpas. Percebemos muitas pessoas passeando com seus cachorros e com sacolinha para recolher necessidades fisiológicas de seus bichinhos de estimação, nos sentimos seguros andando por ali, passamos pela praça dos amores onde existe diversos painéis de mosaico, chegamos ao shopping Larcomar, que é um shopping a céu aberto. Uma curiosidade: Como em Lima não chove, observamos na área externa do hostel sofás de espuma que jamais seriam usados em áreas externas de outros lugares. O shopping também é interessante pela falta de cobertura nas áreas comuns.
 Malecón
Malecón
 Praça dos amores
Shopping Lacomar
Do shopping iniciamos a caminhada de volta, passamos por uma imagem da Virgem Maria, onde percebemos algumas pessoas parando para um momento de oração.

Chegamos ao hostel exatamente às 8h00 para o café, às 8h50 o taxi já nos aguardava. Dizem que o trânsito em Lima é caótico, segundo o taxista demoraria 1 hora até o aeroporto, que fica a 17 quilômetros de distância, mas em 40 minutos chegamos. Seguimos direto pra área de embarque, uma vez que nosso check-in já havia sido realizado em São Paulo e nossas malas estavam (teoricamente) despachadas. Passeamos pelas lojinhas e sentamos para esperar nosso voo, quase na hora do embarque, um aviso de que o voo atrasaria, o André abriu uma “cuzqueña” pra afogar as mágoas rsrsrs... Não demorou muito e o embarque foi autorizado. O avião decolou 13h20, com meia hora de atraso.
Quando chegamos a Guayaquil, consegui enviar uma mensagem pro meu tio avisando que havíamos chegado. Nossas malas também estavam lá (graças a Deus), a fila para passar pela imigração estava gigante, demoramos um pouco pra encontrá-lo. Finalmente, depois de realizar os trâmites aduaneiros, encontramos meu tio Toninho, sua esposa Cris e seu filho mais novo Téo. Seguimos com eles para o litoral equatoriano, onde passaríamos o réveillon, em Playas de Villamil, cerca de 3 horas de Guayaquil, meu tio havia alugado uma casa e passaríamos o réveillon com mais dois casais de amigos dele. A Cris tratou de nos avisar sobre algumas palavras que não deveríamos usar por aqui: “pinga” que para eles significa pênis, “moça” que significa amante, “correr”, que dependendo da forma de pronuncia significa fazer sexo. Mas que poderíamos usar sem medo o palavra “buseta” (aqui se escreve com S, mas se lê com som de C), pois, significa van de transporte de passageiros.
Chegamos ao final da tarde, estava calor, porém, não havia mais sol, estavam todos na praia com as crianças, seguimos direto pra lá. Em uma barraca estavam os casais Joana e Miguel com seu filho Miguel, Tânia e Cristian com seus filhos Nicolas e Victória, ficamos ali por algum tempo e já aprendemos um costume equatoriano: Eles bebem cerveja com apenas um copo, colocam a cerveja até a metade do copo e bebem de uma vez, como se toma cachaça no Brasil, e passam o copo pra outra pessoa beber, assim, o copo vai passando de mão em mão. Nós, sem saber de nada, ficamos segurando o copo e bebendo aos poucos, e outra pessoa esperando o copo, então, ficavam se olhando e dando risadas, até que meu tio explicou como funciona, agora sim, já sabemos desse costume estranho dos equatorianos rsrsrs... Saímos da praia e fomos pra casa onde ficaríamos hospedados, fica ali bem pertinho, poucos metros da praia, dá pra ir a pé.
Descarregamos as malas no nosso quarto, tomamos um merecido banho com shampoo, condicionador, sabonete...tudo o que tínhamos direito (visto o banho de gato que tomamos em Lima). Ah... as massas de pastel chegaram inteiras. Saímos pra comer na rua, paramos em uma lanchonete, a Cris nos indicou comer o shawarma, é um sanduíche feito com uma massa parecida com panqueca feita por eles, recheado com carne de porco, fica parecido com uma panqueca sem molho. Depois experimentamos uma empanada ranchera, que é um pastel frito com recheio de carne, feijão preto, chorizo e tomate. Gostamos muito dos dois. Meu tio pediu uma cerveja e serviram um chinesa kkk... ele perguntou se podia comprar em outro lugar e tomar ali, então, a garçonete apareceu com a “CLUB” 600ml que é uma equatoriana.

 Depois do lanche, seguimos para á pé pela rua, chegamos a uma quadra onde haviam dezenas de carrinhos motorizados para alugar, as crianças se divertiam naquela quadra, parecia os carrinhos bate-bate dos parques de diversão no Brasil, porém, sem proteção alguma, os carrinhos estavam bem detonados de tanta pancada. 
Victoria em seu carro rosa

Havia, ali do lado, um daqueles infláveis onde outra dezena de crianças brincavam e uma pista de skate onde os adolescentes estavam mais concentrados. Havia ainda um trem todo iluminado dando volta na quarteirão.

Ficamos nessa praça, por algum tempo, os filhos dos amigos do meu tio e o Téo brincaram por toda parte, seguimos de volta para casa, caí na cama como pedra, o André ainda ficou na sala conversando com o pessoal, eles tomavam Whisky com água gaseificada e gelo, outro costume dos equatorianos.

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